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Alfredo Augusto
Lopes Pimenta

ALFREDO PIMENTA, vimaranense, nasceu a 3 de dezembro de 1882, faleceu a 15 de outubro 1950 em Lisboa e jaz na Capela da Madre de Deus (Azurém, Guimarães).

Organizou (1931) e dirigiu até à sua morte o Arquivo Municipal de Guimarães (Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, a partir de 1952), em comissão de serviço, sem remuneração, desempenhando ao mesmo tempo as funções de Conservador do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e de seu Director (1949). O Arquivo Municipal Alfredo Pimenta tem categoria de Arquivo Distrital. Engloba um vasto fundo documental que inclui o fundo da Colegiada da N.ª Sr.ª da Oliveira, os documentos do antigo Recolhimento do Anjo, os processos crimes, cíveis e orfanológicos dados por findos havia mais de cinquenta anos, tal como os livros dos tabeliães extintos, os livros paroquiais do concelho, livros de usos e costumes, registos de visitações, de subsino e todos os documentos, livros, processos e estatutos provenientes de irmandades, corporações e repartições extintas, testamentos, registos orfanológicos, etc. Nele criou o Boletim de Trabalhos Históricos para a publicação do seu riquíssimo fundo documental, facto, à época, inovador.

Apoiou Alfredo Guimarães na organização e desenvolvimento do Museu de Alberto Sampaio, com o seu saber e a influência politica, de que então desfrutava, para a resolução de problemas de vária ordem.

Escritor, conhecedor profundo da língua portuguesa, desenvolveu em estilo próprio, de grande clareza e rigor científico, uma vasta bibliografia que se espraia pela História, teorização politica, crítica filosófica, literária, géneros que muitas vezes tomaram a feição de polémica, em que era exímio, pela defesa intransigente dos seus pontos de vista e argúcia de argumentos. Cultivou também a poesia. Em crónicas descreveu os costumes do povo minhoto e a paisagem desta província que tinha um lugar profundo no seu coração.

A sua bibliografia apoiou-se numa interessante biblioteca por si reunida, hoje pertença da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) por doação dos seus filhos após a sua morte e que integra o Fundo Geral da Biblioteca daquela instituição.

A bibliografia pode ser consultada neste Arquivo, onde também se encontra seu espólio epistolar, vasto e diversificado, pois inclui cartas de um largo espectro de correspondentes, desde figuras reais, nomes da cultura até ao povo simples a que atendia.


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AlfredoPimenta
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Bibliografia seleccionada

Alfredo Pimenta é autor de uma vasta bibliografia, constituída por mais de 167 obras editadas e numerosos escritos que se encontram esparsos por jornais de natureza e tendência vária, no espaço da geografia portuguesa do seu tempo, e ainda em revistas e dicionários portugueses e estrangeiros.
A sua bibliografia completa é apresentada na Cronologia e Obra de Alfredo Pimenta, por Maria Teresa Pimenta, e pode ser consultada no AMAP.

Vários foram os géneros que cultivou, entre os quais:

Filosofia

Factos Sociais; Estudos Filosóficos e Críticos (3 volumes); A Evolução de um pensamento.

História

Elementos de História de Portugal; D. João III; Subsídios para a História de Portugal (Textos e Juízos Críticos); Fuero Real de Afonso X, O Sábio – Versão Portuguesa do século XIII (publicada e comentada por A.P.); Idade-Média (Problemas & Soluções); Fontes Medievais da História de Portugal; Guimarães; Livro dos Roubos. os franceses e vassalos del Rei de França fizeram aos Moradores desta Vila de Guimarães e seu Termo (editado por A.P.); Os Forais Medievais Vimaranenses. E uma série de 25 «Estudos Históricos», nomeadamente: A Data da Fundação da Nacionalidade – 24 de Junho de 1128; Onde Nasceu Portugal; A Propósito do Paço dos Duques de Bragança; A Doação de Vila do Conde a Maria Paes, a Ribeirinha.

Política

As Igrejas e o Estado no Regimen da Separação; Politica Portuguesa; Nas Vésperas do Estado Novo; A Igreja e os Regimes Políticos; Paiva Couceiro; Em Defesa da Portugalidade; Três Verdades Vencidas: Deus, Pátria, Rei.

Literatura

Poesia: Alma Ajoelhada; Paisagem de Orquídeas; Na Torre da Ilusão; Últimos Echos de Um Violino Partido.
Ensaio: Palavras de Arte; Cartas a um Estheta; Sombras de Príncipes; Pretextos e Reflexões; Breves Notas ao Soneto Alma Minha Gentil...; Coelho da Rocha e Camilo Castelo Branco; Guerra Junqueiro.

Crónicas

Páginas Minhotas.

Crítica

Tratado de Versificação Portuguesa; Os Vimaranis Monumenta Historica e a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Guimarães; A Concordata; Frei Luís de Sousa (introdução, selecção e notas de A.P.); Teófilo Braga; Eugénio de Castro na poesia portuguesa.

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