Dia do trabalhador
1 de maio 2020 às 08:55 "Em 1889, a Segunda Internacional Socialista decidiu, em Paris, proclamar o 1º de Maio como o Dia do Trabalhador em memória daqueles que morreram, em 1886, durante a greve geral de Chicago. Em Portugal, entre a segunda metade do século XIX e a implantação da República, em 1910, realizaram-se centenas greves no nosso país. A subida dos salários, a diminuição da jornada de trabalho e a melhoria das condições de laboração eram as principais exigências dos operários.Durante a I República não se deixou de festejar o Dia do Trabalhador, mas sublinhe-se que um dos primeiros diplomas aprovados, com a instituição do novo regime, dizia respeito ao estabelecimento dos feriados nacionais e destes não constava o dia do trabalhador. Em 1933 é decretada a “unicidade sindical” e o “controle governamental dos sindicatos” esmorecendo um movimento operário.
Durante o Estado Novo as manifestações no Dia do Trabalho (e não do Trabalhador) eram organizadas e controladas pelo Estado. A Junta de Salvação Nacional, num dos seus primeiros decretos (Decreto-Lei n.º 175/74), institui como feriado nacional obrigatório a data do Primeiro de Maio, «Dia Mundial do Trabalhador». Data carregada de simbolismo e de tradições de luta de oposição à ditadura por parte do operariado, sistematicamente animada pelo Partido Comunista, sobretudo a partir da década de 60 do século XX."
In: A História de Portugal, dir. por José Mattoso (Lisboa, Editorial Estampa, 1992-1993)
O Arquivo Municipal Alfredo Pimenta assinala o Dia do Trabalhador através da divulgação de um conjunto de documentos que fazem parte das memórias arquivadas por esta instituição.
Fundo Mariano Felgueiras
Os delegados da União dos Empregados de Comércio do Porto reivindicam apoio na luta pela Lei do Descanso.
1909-09-05 / AMAP - MF 13.92