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República na Cidade

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ÍNDICE

Implantação da República em GuimarãesSímbolos da RepúblicaPlanos e projetos para Guimarães, 1910-1926:
Praça D. Afonso Henriques e Passeio da IndependênciaLargo de São PaioParque do CasteloPaços do ConcelhoBairro OperárioPlano de alargamento da Cidade
Ilustrações de Vasco Carneiro
A implantação da República e os Símbolos Nacionais

Após a vitória da revolução de 5 Outubro de 1910, os novos dirigentes vêem na redefinição dos novos símbolos nacionais uma das suas prioridades. O Hino da Carta é substituído pela marcha A Portuguesa, a bandeira azul e branca pela verde e rubra e o Real pelo Escudo.

bustoTítulo: [Busto da República]
Data: 1908 / Dimensão: 1 escultura; (70 x 50 cm)
Proprietário: Câmara Municipal de Guimarães
Notas: Assinada por Simões [Almeida (sobrinho)]



Bandeira Nacional

A implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, permite a demonstração do desejo de romper com o passado monárquico, mesmo nos seus aspetos mais simbólicos e, ao mesmo tempo, representativos de um tempo e de um regime.

Uma comissão oficial, constituída por personalidades como Columbano Bordalo Pinheiro, Abel Botelho e João Chagas, foi incumbida de estudar e propor o novo Símbolo Nacional, a Bandeira. O projeto definitivo foi aprovado em 29 de Novembro do mesmo ano, pelo Governo provisório, que instituiu o Dia da Festa da Bandeira, a 1 de Dezembro.

Porém, como resultado do entusiasmo popular que se vivia, surgiram muitas propostas espontâneas para a bandeira da Pátria, simultaneamente com várias polémicas sobre as suas cores e simbologia. Mesmo após a aprovação provisória do novo estandarte, até ao seu sancionamento definitivo, pela Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de Junho de 1911, vários poetas escreveram versos à bandeira, professores, estudantes, artistas e militares, desenharam e publicaram as suas sugestões.

bandeiraTítulo: [Bandeira da República Portuguesa]
Âmbito e Conteúdo: Primeira bandeira hasteada, em Guimarães, após a proclamação da República, em 1910.
Data: [1910] / Dimensão: 1 bandeira (139 x 71 cm)
Notas: Bandeira pertencente ao Dr. Miguel Tobim de Sequeira Braga, doada por Fernando de Matos Chaves, à Câmara Municipal de Guimarães, nos finais dos anos 80.
Cota: AMAP-6-61



Escudo

Com a implantação da República surgiu, a par de uma nova Bandeira e de um novo Hino Nacional, uma nova moeda oficial, o Escudo. Símbolo de uma mudança de regime demorou, ao contrário daqueles, a substituir-se ao Real da Monarquia, pois ainda circulavam oficialmente em Portugal, em 1929, notas expressas em Réis.

A introdução do escudo como unidade monetária deveu-se, não apenas a uma forma de afirmação simbólica republicana, mas principalmente à necessidade sentida pelo Estado de valorizar a moeda, altamente depreciada naquela altura. O nascimento oficial fez-se por Decreto provisório de 22 de Maio de 1911 (publicado em Diário de Governo no dia 26 desse mesmo mês).

O Escudo teve uma vida curta de apenas 90 anos, se compararmos com a vigência da unidade unitária anterior, o Real. Após um período de circulação simultânea de 2 meses, o jovem Escudo perdeu o seu valor jurídico a 28 de Fevereiro de 2002, sendo substituído na totalidade pela nova moeda, o Euro.

  • moeda1 moeda2 moeda3
  • Título: [Moedas da I República]
    Datas: [1910-1926]
    Colecção de Moedas de Raimundo Fernandes
  • pmoeda1 pmoeda2
  • Título: [Papel – Moeda da I República]
    Datas: [1917-1926]
    Colecção de Papel-Moeda de Ivo Martins



Hino Nacional

Com música da autoria de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça, A Portuguesa foi composta no rescaldo emocional do Ultimatum e tornou-se a marcha dos revoltosos do 31 de Janeiro. A revolução de 5 de Outubro acabaria por recuperá-la e, em 1911, a Assembleia Nacional Constituinte, na sua sessão de abertura, sancionou-a como Hino Nacional. Contudo, a aprovação da versão oficial só viria a dar-se em 1957, através da resolução do Conselho de Ministros, publicada no Diário do Governo, 1ª série, nº 199, de 4 de Setembro de 1957. Em consequência, foi elaborada a versão para grande orquestra sinfónica, da autoria de Frederico de Freitas, e, a partir desta, a versão para grande banda marcial, pelo major Lourenço Alves Ribeiro, inspector das bandas militares.

hinoTítulo: [Hino Nacional]
Data: [1911]
Colecção de Júlio Castro