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Bombeiros Voluntários de Guimarães

Projetos de 1889, 1901 e 1942

Guimarães possuía, desde 1788, uma Companhia de Bombeiros Municipais, apetrechada com escassos meios materiais, além dos utensílios, como escadas, cordas, ganchos, cintos, etc., possuía cinco bombas manuais com duas rodas, um carro bomba de quatro rodas, duas bombas de baldes e trinta e três canecos de folha.

De referir que, as bombas manuais contra incêndios, eram enchidas a canecos de água pelos habitantes em troca de uma recompensa paga pela Câmara Municipal. Existia, ainda, uma deliberação camarária que obrigava todos os moradores e vendeiros a ter um caneco cheio de água para acudir sempre que fosse preciso.

Em 4 de junho de 1869, as casas do lado norte do Toural, foram reduzidas a cinzas, além das centenas de feridos, morreram quatro homens por causa de uma explosão de pólvora de um armazém de materiais inflamáveis.

É depois deste incêndio que se começou a desenvolver a ideia de criar uma Corporação de Bombeiros Voluntários. Em 6 de dezembro de 1876, foi dirigido, um requerimento ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, José Leite Pereira Bernardes, solicitando uma bomba e respetivos apetrechos com vista à formação de uma associação denominada por Bombeiros Voluntários de Guimarães.

A Câmara deliberou, unanimemente, que fosse prestado todo o auxílio à dita associação fornecendo a bomba e respetivos apetrechos, deferiu-lhe, igualmente, um voto de louvor.

Em 14 de janeiro de 1877, foram elaborados os estatutos da Associação dos Bombeiros Voluntários de Guimarães e, em 19 de março, por iniciativa de José Martins de Queiroz Montes, 1º comandante, inauguraram as suas instalações.

Alguns anos mais tarde, em 4 abril de 1889, o 1º comandante, António Augusto da Silva Caldas, juntamente com o 2º comandante, Simão da Costa Guimarães, propuseram a aquisição de um terreno próprio e respetivo projeto para a guarda do material, sala das sessões e reuniões do corpo Ativo dos Bombeiros. Após deferimento unânime da direção, presidida pelo Comendador João Dias de Castro, o requerimento deu entrada na Câmara Municipal, tendo sido aprovado a 17 de abril do mesmo ano.

A inauguração solene ocorreu em 12 abril de 1891 e, em 1893, com a extinção da Companhia de Bombeiros Municipais, os serviços de incêndio ficaram a ser exclusivos dos Bombeiros Voluntários. Em 10 de junho de 1901, sob direção de Abílio Augusto de Passos é solicitado à Câmara Municipal de Guimarães licença para ampliação do Quartel, sito na rua Paio Galvão.

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Em maio de 1942, a Associação dos Bombeiros Voluntário submete um requerimento à Camara Municipal solicitando licença para construir um novo Quartel, projetado pelo arquiteto Júlio José de Brito (1896-1965), sito no terreno que possuía no gaveto formado pela rua Paio Galvão e a atual avenida de São Gonçalo.

A inauguração ocorreu em 12 de março de 1944, com a presença do Governador Civil de Braga, Joaquim José de Oliveira. Aí permaneceram até 19 de março 1990, altura que inauguram o atual Quartel, sito na rua Dr. Alfredo Pimenta.

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Requerimento - instituidores da Associação de Bombeiros Voluntários de Guimarães Ref: PT/MGMR/ADP/CMGMR/C-EXP/014/10-8-9-8-4-2 search Ver registo

“Ilustríssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães

Dizem os abaixo assinados que tendo em vista a formação de uma associação denominada – Bombeiros Voluntários de Guimarães – que possa socorrer os habitantes desta cidade e seus subúrbios, em caso de incêndio e outras calamidades, vem solicitar da Câmara de que V. Ex.ª é digno Presidente, o material necessário para levar a efeito uma tão humanitária instituição. Os abaixo assinados, presentemente, não solicitam de V. Ex.ª mais que uma bomba e seus apetrechos, responsabilizando-se pelo material que for confiado.

Deus Guarde V. Ex.ª

António Cândido Augusto Martins, António Crisóstomo da Silva Bastos, Manuel de Castro Sampaio, António de Freitas Carneiro e Oliveira, Domingos de Sousa Ribeiro, José Joaquim Ribeiro, Cândido José de Carvalho, António Fernandes Martins, António Peixoto de Matos Chaves, Joaquim António de Sousa Brandão, António Ribeiro da Costa Salgado, Rodrigo José Pacheco Barbosa, José Maria de Freitas Carneiro, Manuel Ribeiro Gomes de Abreu, João Arlindo da Silva Guimarães, Virgílio Martins da Costa, José de Castro Sampaio, António Augusto da Silva Carneiro, José Eduardo da Costa Mota, José Minotes, Domingos Ribeiro Guimarães e José Joaquim de Oliveira Júnior”.

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Construção do edifício sede do prédio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães - planta do alçado Ref: PT/MGMR/ADP/CMGMR/L-OBP/002-1889/10-18-16-3-1-145 search Ver registo
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Ampliação de edifício sede do prédio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães Ref: PT/MGMR/ADP/CMGMR/L-OBP/002-1901/10-18-16-2-1-120 search Ver registo
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Construção do Quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães Ref: PT/MGMR/ADP/CMGMR/L-OBP/002-1942/6-19-13-9-78 search Ver registo

HISTÓRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE GUIMARÃES - Investigação documental, recolha fotográfica e orientação gráfica Joaquim Fernandes. Guimarães: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, 1988. 136 p.: il.; 25 cm.

CARVALHO, António Alvão – “Bombeiros Voluntários de Guimarães”. Guimarães: Ed. autor, 2006. - 100, [49] p.: il.; 30cm.

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