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Parque de Caldas das Taipas (1929)

Conhecida pela sua Estância Termal, as Caldas das Taipas sempre foi um movimentado e dinâmico local de passagem, com boa localização e um património histórico de salientar.

Em 1929 a Comissão de Iniciativa de Turismo das Caldas das Taipas, criada pelo decreto nº 8894, de 5 de junho de 1923, invocou a importância da construção de um parque de lazer junto ao Rio Ave. Para além de realçar as caraterísticas excecionais que o Vale do Ave, a Região Minhota e em particular as Taipas possuíam e que não estavam a ser aproveitadas, também expuseram a falta de condições de recreio para os frequentadores das instalações termais e dos seus hotéis, bem patente na memória descritiva do processo, onde pode ler-se: “Tem somente os aquistas as estradas mac-adamisadas para os seus passeios, estradas poeirentas e sem sombras que, nos dias de grande calor se tornam insuportáveis. Só junto do rio será fácil encontrar um local que proporcione todas as condições desejadas de frescura e de beleza para repouso e recreio”.

A responsabilidade do projeto ficara a cargo de Domingos Rosas da Silva, um conceituado engenheiro civil portuense.

No projeto apresentado além do local já estar definido para a sua construção, foram também propostos dois acessos, um que unisse o parque ao centro da povoação (atual alameda de Rosas Guimarães) e outro mais pequeno (atual Rua Joaquim Pereira Monteiro) que o ligasse à Estrada Nacional 27 (atual Nacional 101). Segundo a Comissão o sítio escolhido para a localização do parque, além de ser dos mais interessantes pela sua disposição, seria mais facilmente adaptado e sem necessidade de grandes movimentações de terras.

Na proposta, além da planta do parque aqui exibida, foram também apresentadas outras peças processuais que compõe o projeto: mapa de expropriações; memória descritiva; cálculos de volumes das escavações e aterros; movimento de terras; “série de preços” para salários e materiais; medições de muros de suporte, vedação e pavimentação; orçamento do custo total das obras; peças desenhadas. A estimativa de custo para o parque e as avenidas novas seria de 240.000$00 e far-se-ia lentamente com os recursos locais.

Embora o projeto esteja datado de novembro de 1929, só entraria no Conselho Superior de Obras Públicas a 13 de fevereiro de 1931 e o despacho favorável viria a ser proferido em 3 de setembro de 1931, pelo Ministério do Comércio e Comunicações, Junta Autónoma de Estradas, Direção de Estradas do Distrito de Braga.

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1929
Parque de Caldas das Taipas Ref: 11-4-8-4-7; 6-59-19-2-5
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