Guimarães, um só povo e um só concelho

ÍNDICE
Os primórdios da "Villa Vimaranes"
- Introdução
- Guimarães, berço da nacionalidade
- Os primórdios da “Villa Vimaranes”
- Testamento de Mumadona
- Foral de Guimarães
- Doação de Adozinda ao Mosteiro de Guimarães
- Bula do Papa Gregório XI dirigida ao arcebispo de Braga
- Carta de Feira de Afonso III aos moradores da Vila do Castelo
- Carta de Afonso III dando foros e regalias aos moradores da Vila do Castelo
- Carta de D. Dinis dirigida ao Alcaide de Guimarães
- Carta de D. Dinis dirigida a João Gonçalves, Pretor de Guimarães
- Carta de D. Dinis dirigida aos juízes de Guimarães
- Carta de confirmação de D. Afonso IV ao Concelho de Guimarães
- Carta de D. Fernando às Justiças do Reino
- Carta de D. Fernando concedendo graças e mercês ao Concelho de Guimarães
- Carta de D. Fernando concedendo privilégios à vila do Castelo
- Carta de D. Fernando concedendo graças e mercês à Vila do Castelo
- Carta de D. João I dirigida às Justiças de Guimarães
- Carta de D. João I que une as duas Vilas de Guimarães
Ilustrações de Vasco Carneiro
Vila do Castelo

Esta vila gozava de consideráveis regalias e privilégios, concedidos por Afonso Henriques, que se conservaram de viva voz, pois nenhum documento escrito os tinha consignado até serem confirmados por D. Afonso III nas ditas inquirições gerais, nomeadamente:
“O mordomo do burgo de Guimarães somente poder entrar na villa do Castello para exigir a portagem a algum estranho, que porventura alli se tivesse recolhido;
“A guarda e vela do castello incumbia aos moradores da villa, que estavam isentos de hoste e fossado, e finalmente tinham o direito de eleger os seus alcaldes, ou juízes, e andador ou carcereiro”.

A Vila do Castelo era constituída pela cerca, pelo castelo e a pela igreja de S. Miguel. Possuía três portas, a Porta de Santa Bárbara, que estabelecia a ligação entre a Vila Alta e a Baixa, através da rua de Santa Maria, a Porta da Garrida que dava saída para S. Torcato, e a Porta da Freiria que dava saída para Fafe.
Mantendo importância até finais do século XIV, a Vila do Castelo passará, a partir de então e após a edificação das muralhas dionisinas, a despovoar-se lentamente, começando a ser designada por “Cerca Velha” ou “Vila Velha”.
Carta de Feira de Afonso III aos moradores da Vila do Castelo
D. Afonso III institui a feira do Castelo de Guimarães, a realizar quatro vezes por ano, durante quatro dias. A carta de feira, além de outros pormenores, estabelece que se realizaria dentro do castelo, entre as suas portas, e fixa, minuciosamente, a taxas a pagar pelos diversos bens e produtos aí introduzidos para venda.

Data: 16 de maio, 1258, Guimarães
Idioma: Latim / Cod. Referência: PT/TT/CHR/B/001/0001
Chancelaria de D. Afonso III, liv. 1, Fólio 28v
Imagem cedida pelo ANTT
digitarq.arquivos.pt/details?id=3813597
Carta de Afonso III dando foros e regalias aos moradores da Vila do Castelo
D Afonso III, tendo recebido a informação relativa à inquirição ordenada sobre os limites e os usos e costumes da população do Castelo de Guimarães, divulga-a e ordena que sejam respeitados.

Data: 15 de agosto, 1272, Lisboa
Idioma: Latim / Cod. Referência: PT/TT/CHR/B/001/0001
Chancelaria de D. Afonso III, liv. 1, Fólio 116
Imagem cedida pelo ANTT
digitarq.arquivos.pt/details?id=3813597
Carta de D. Dinis dirigida ao Alcaide de Guimarães
D. Dinis, pretendendo sanar a contenda entre os moradores do Castelo e da Vila de Guimarães, ordena aos Almotacés que executem as posturas definidas.
Carta de D. Dinis dirigida a João Gonçalves, Pretor de Guimarães
D. Dinis exibe a João Gonçalves, Pretor de Guimarães, algumas queixas apresentadas contra este, pelos Juízes e Concelho de Guimarães, referentes à feira do Castelo.