Guimarães, um só povo e um só concelho

ÍNDICE
Os primórdios da "Villa Vimaranes"
- Introdução
- Guimarães, berço da nacionalidade
- Os primórdios da “Villa Vimaranes”
- Testamento de Mumadona
- Foral de Guimarães
- Doação de Adozinda ao Mosteiro de Guimarães
- Bula do Papa Gregório XI dirigida ao arcebispo de Braga
- Carta de Feira de Afonso III aos moradores da Vila do Castelo
- Carta de Afonso III dando foros e regalias aos moradores da Vila do Castelo
- Carta de D. Dinis dirigida ao Alcaide de Guimarães
- Carta de D. Dinis dirigida a João Gonçalves, Pretor de Guimarães
- Carta de D. Dinis dirigida aos juízes de Guimarães
- Carta de confirmação de D. Afonso IV ao Concelho de Guimarães
- Carta de D. Fernando às Justiças do Reino
- Carta de D. Fernando concedendo graças e mercês ao Concelho de Guimarães
- Carta de D. Fernando concedendo privilégios à vila do Castelo
- Carta de D. Fernando concedendo graças e mercês à Vila do Castelo
- Carta de D. João I dirigida às Justiças de Guimarães
- Carta de D. João I que une as duas Vilas de Guimarães
Ilustrações de Vasco Carneiro
Vila de Guimarães

A igreja, a praça e o adro de São Tiago tornaram-se o coração da vila. O essencial de Guimarães jogava-se neste espaço. Era o centro de decisão política, o mercado permanente, onde estava sediado o palácio real (crê-se que perto da colegiada). Era o ponto de encontro por excelência. A este centro convergiam várias ruas, a de Santa Maria, a principal ligação ao castelo, e os corredores essenciais de circulação como eram a rua da Sapateira e a rua dos Mercadores. Segundo Carvalho da Costa, “a Igreja fará da Praça Maior (santa Maria) um tronco, donde nascem os ramos que todos precedem”.
O dinamismo do burgo logo transpareceu quer na regulamentação do mercado local, preocupação já patente no foral de D. Henrique, com várias disposições reveladoras do activo comércio ali efectuado, quer pelas inúmeras ruas ligadas a ofícios, como são os casos da rua dos Ferreiros, a rua da Forja, as já citadas ruas das Sapateiras e dos Mercadores, quer ainda pela instituição, em 1355, de uma feira franca por D. Afonso IV. Um factor que contribuirá para o declínio do burgo alto ocorrido a partir do século XIV.
A Vila de Guimarães cresceu apoiada por diplomas régios: Os monarcas privilegiavam a «sua» igreja ao mesmo tempo que privilegiavam as suas gentes, com quem se habituaram a contar desde São Mamede. O privilégio e honra de ter aí o primeiro assento da corte portuguesa perduraram de forma indelével na lembrança dos homens.
Carta de D. Dinis dirigida aos juízes de Guimarães
D. Dinis julga a favor do Cabido a questão que, entre este e os mordomos da vila, se levantaram acerca de soldadas impostas em casas da igreja de Santa Maria e de São Paio.

Data: 1 de agosto, 1292, Guimarães
Dimensão e suporte: 1 doc. (15x12 cm); Perg.
Idioma: Português / Cota: AMAP-8-2-3-18
Nota: Conserva pendente de cordão vermelho o selo régio de cera vermelha, em parte partido, o qual tem no centro as armas do reino.
Carta de confirmação de D. Afonso IV ao Concelho de Guimarães
D. Afonso IV confirma graças, mercês e benfeitorias dadas pelos anteriores Reis portugueses ao Concelho de Guimarães.
Carta de D. Fernando às Justiças do Reino
D. Fernando ordena às Justiças que os Besteiros do conto de Guimarães não vão servir fora, salvo ordem régia em contrário, na sequência das queixas apresentadas pelo Concelho.