República na Cidade
ÍNDICE
Implantação da República em Guimarães
- Introdução
- Ata da Proclamação da República
- Relato da proclamação da república
- O 5 de outubro na imprensa vimaranense
- Tomada de posse da Comissão Municipal Republicana
- Foto da Primeira Comissão Municipal Republicana
Praça D. Afonso Henriques e Passeio da Independência
- Remoção das grades do jardim do Toural
- Reparação e melhoramento do Largo D. Afonso Henriques
- Apresentação da Marquise do Toural
- Trasladação da estátua de D. Afonso Henriques para o Toural
- Alteração da toponímia do Campo do Toural e do Largo D. Afonso Henriques
- A Praça do Fundador de Portugal passa a Praça do Libertador de Portugal
- A Praça Libertador de Portugal é agora a Praça D. Afonso Henriques
- Reparação e melhoramentos na Praça D. Afonso Henriques
- Marquise do Toural
- Recolhimento do Anjo
- Albergue de São Paio
- Demolição do Recolhimento do Anjo
- Expropriações no Largo de São Paio
- Igreja Paroquial de São Paio
- Venda da Igreja de São Paio
- Largo do Anjo
- Classificação como Monumento Nacional
- Parque do Castelo
- Parque do Castelo (projeto)
- Parque do Castelo (expropriações)
- Construção de um edifício capaz de reunir todas as Repartições Públicas
- Comissão encarregue de escolher a localização dos novos Paços do Concelho
- Localização dos novos Paços do Concelho
- Edital: Concurso para elaboração do projeto do edifício dos Paços do Concelho e demais Repartições Públicas
- Projetos para a construção dos Paços do Concelho
- Projeto de reparação, melhoramento e alargamento da Praça de São Tiago
- Projeto de construção de uma praça destinada à edificação do edifício dos Paços do Concelho
- Planta dos Paços do Concelho de Guimarães
- Construção de um Bairro Operário
- Planta Geral do Bairro Operário
- Bairro Operário: obras necessárias à sua execução
- Construção de 23 casas económicas
- Bairro Económico
- Planta da cidade de Guimarães
- Projetos de alargamento da cidade
- Planta do projeto geral de melhoramentos
- Planta parcial do projeto geral de melhoramentos
- Construção de uma nova Avenida e alargamento da Travessa dos Trigais
- Ligação da Praça Municipal com o Largo Cónego José Maria Gomes
Ilustrações de Vasco Carneiro
A implantação da República e os Símbolos Nacionais
Após a vitória da revolução de 5 Outubro de 1910, os novos dirigentes vêem na redefinição dos novos símbolos nacionais uma das suas prioridades. O Hino da Carta é substituído pela marcha A Portuguesa, a bandeira azul e branca pela verde e rubra e o Real pelo Escudo.
Bandeira Nacional
A implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, permite a demonstração do desejo de romper com o passado monárquico, mesmo nos seus aspetos mais simbólicos e, ao mesmo tempo, representativos de um tempo e de um regime.
Uma comissão oficial, constituída por personalidades como Columbano Bordalo Pinheiro, Abel Botelho e João Chagas, foi incumbida de estudar e propor o novo Símbolo Nacional, a Bandeira. O projeto definitivo foi aprovado em 29 de Novembro do mesmo ano, pelo Governo provisório, que instituiu o Dia da Festa da Bandeira, a 1 de Dezembro.
Porém, como resultado do entusiasmo popular que se vivia, surgiram muitas propostas espontâneas para a bandeira da Pátria, simultaneamente com várias polémicas sobre as suas cores e simbologia. Mesmo após a aprovação provisória do novo estandarte, até ao seu sancionamento definitivo, pela Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de Junho de 1911, vários poetas escreveram versos à bandeira, professores, estudantes, artistas e militares, desenharam e publicaram as suas sugestões.
Título: [Bandeira da República Portuguesa]
Âmbito e Conteúdo: Primeira bandeira hasteada, em Guimarães, após a proclamação da República, em 1910.
Data: [1910] / Dimensão: 1 bandeira (139 x 71 cm)
Notas: Bandeira pertencente ao Dr. Miguel Tobim de Sequeira Braga, doada por Fernando de Matos Chaves, à Câmara Municipal de Guimarães, nos finais dos anos 80.
Cota: AMAP-6-61
Âmbito e Conteúdo: Primeira bandeira hasteada, em Guimarães, após a proclamação da República, em 1910.
Data: [1910] / Dimensão: 1 bandeira (139 x 71 cm)
Notas: Bandeira pertencente ao Dr. Miguel Tobim de Sequeira Braga, doada por Fernando de Matos Chaves, à Câmara Municipal de Guimarães, nos finais dos anos 80.
Cota: AMAP-6-61
Escudo
Com a implantação da República surgiu, a par de uma nova Bandeira e de um novo Hino Nacional, uma nova moeda oficial, o Escudo. Símbolo de uma mudança de regime demorou, ao contrário daqueles, a substituir-se ao Real da Monarquia, pois ainda circulavam oficialmente em Portugal, em 1929, notas expressas em Réis.
A introdução do escudo como unidade monetária deveu-se, não apenas a uma forma de afirmação simbólica republicana, mas principalmente à necessidade sentida pelo Estado de valorizar a moeda, altamente depreciada naquela altura. O nascimento oficial fez-se por Decreto provisório de 22 de Maio de 1911 (publicado em Diário de Governo no dia 26 desse mesmo mês).
O Escudo teve uma vida curta de apenas 90 anos, se compararmos com a vigência da unidade unitária anterior, o Real. Após um período de circulação simultânea de 2 meses, o jovem Escudo perdeu o seu valor jurídico a 28 de Fevereiro de 2002, sendo substituído na totalidade pela nova moeda, o Euro.
Hino Nacional
Com música da autoria de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça, A Portuguesa foi composta no rescaldo emocional do Ultimatum e tornou-se a marcha dos revoltosos do 31 de Janeiro. A revolução de 5 de Outubro acabaria por recuperá-la e, em 1911, a Assembleia Nacional Constituinte, na sua sessão de abertura, sancionou-a como Hino Nacional. Contudo, a aprovação da versão oficial só viria a dar-se em 1957, através da resolução do Conselho de Ministros, publicada no Diário do Governo, 1ª série, nº 199, de 4 de Setembro de 1957. Em consequência, foi elaborada a versão para grande orquestra sinfónica, da autoria de Frederico de Freitas, e, a partir desta, a versão para grande banda marcial, pelo major Lourenço Alves Ribeiro, inspector das bandas militares.