República na Cidade

O projeto de reunir num único edifício as repartições públicas da cidade também foi herdado do século XIX. Os republicanos acrescentaram-lhe a intenção de vincar a importância do municipalismo, colocando esse Palácio cívico sob a égide da Câmara.
A iniciativa avançou primeiro para a Praça de São Tiago, com projeto – escolhido em concurso de arquitetos nacionais e estrangeiros – da autoria de Marques da Silva. Dificuldades relacionadas com a expropriação e realojamento dos habitantes da Praça de São Tiago, paralelamente à afirmação de novas perspetivas sobre conservação patrimonial, levaram a uma reformulação desta intervenção urbanística. Em 1924, o Presidente Mariano Felgueiras, principal entusiasta dos novos Paços do Concelho, indica uma diferente localização, em zona contemplada no Plano Geral de Alargamento da Cidade, uma Praça Municipal, na zona oriental da cidade. Iniciada a sua construção, não foi concluída, tendo sido alvo de polémica demolição em 1954.





A Câmara Monárquica alerta para a necessidade da construção de um edifício capaz de acomodar o “Tribunal e suas dependências, a Administração do Concelho, a Estação Telegráfica e mais Repartições Públicas”.





Nomeação de uma Comissão para a escolha do local de implantação do novo edifício dos Paços do Concelho e Repartições Públicas. Esta Comissão teve como membros o Presidente da Câmara Municipal, o Presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal, Júlio António Cardoso, vereador com pelouro das obras, Abel de Vasconcelos Cardoso, José Luís de Pina, José Ribeiro de Freitas e Augusto Maria Coelho Pinto.





A Câmara Municipal incumbiu a Repartição das Obras de apresentar com urgência um orçamento de todas as expropriações necessárias para o alargamento da Praça de São Tiago, ruas do Espírito Santo e Gravador Molarinho, segundo parecer emitido pela Comissão encarregue de escolher o local para os Paços do Concelho.





Abertura do concurso, entre arquitetos nacionais e estrangeiros, para a elaboração do projeto do edifício dos Paços do Concelho e demais Repartições Públicas, nomeadamente, Tribunal, Cartórios de Escrivães, Administração do Concelho; Registo Civil; Conservatória. No artigo primeiro define a Praça de São Tiago como local para a sua construção.





Relação dos projetos apresentados no concurso para construção do edifício dos Paços do Concelho e demais Repartições Públicas.





Projeto de reparação, melhoramento e alargamento da Praça de São Tiago. Assinado pelo engenheiro António Martins Ferreira.





Projeto de construção de uma praça destinada à edificação do edifício dos Paços do Concelho. Assinado pelo engenheiro António Martins Ferreira





Planta da proposta de implantação do edifício dos Paço do Concelho na Praça Municipal e arruamentos envolventes.