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Primeira Guerra Mundial

Partiram... para onde o dever os chamou!

Os horrores da «Grande Guerra» tiveram fortes repercussões em Guimarães, persistindo no presente alguns testemunhos do envolvimento dos vimaranenses no conflito europeu que eclodiu a 28 de Julho de 1914.
É no cemitério da Atouguia que se encontra o mausoléu que presta o tributo aos combatentes vimaranenses que pereceram nos campos do Norte de França e da Flandres, embora a toponímia citadina também conserve até ao presente a memória do reconhecimento público daqueles que partiram para onde o dever os chamou. A Avenida dos Combatentes da Grande Guerra e a Rua Capitão Alfredo Guimarães são exemplos desse legado que perdura, volvido um século do início do confronto bélico que mudou o mapa geopolítico da Europa.
Embora Portugal tenha entrado oficialmente no conflito a 9 de Março de 1916 com o Corpo Expedicionário Português, Guimarães teve na tarde do dia 10 de Outubro de 1916, uma das maiores manifestações de apoio aos militares que retiraram do quartel do Regimento de Infantaria 20 – atual Paço dos Duques de Bragança – em direção a Famalicão para defender a honra da Pátria na frente de combate.
Mais de mil soldados atravessaram a Cidade, entre a curiosidade da multidão que se apinhava nas ruas, janelas e varandas dos prédios. As fábricas, oficinas e lojas de comércio suspenderam a atividade.
O povo viu passar os homens devidamente equipados a marchar, caminhando para onde o dever os obrigava, contendo as lágrimas, sem ficarem indiferentes ao choro convulsivo dos familiares que os viam partir.
O envolvimento do País na «Grande Guerra» agravou as condições de vida da maioria da população. A escassez de bens de consumo, a «falta de pão» e a existência de açambarcadores obrigaram as autoridades municipais a tomarem providências para adquirirem cereais e saciarem a fome e controlarem a agitação social. Foram dois anos dolorosos, de permanente sobressalto, em que o imaginário colectivo da gloriosa «colmeia» industrial do Minho sofreu diariamente com os relatos da desgraça de quem combatia nas trincheiras, da violência do fogo que destruiu grandes cidades e das mães que endoideceram por perder os seus filhos numa guerra que mal entendiam.
Em Novembro de 1918, a população de Guimarães vibrou de contentamento por ter sido assinado o armistício que pôs termo à horrível carnificina, regozijando-se pela cessação das hostilidades. As igrejas encheram-se e houve quem subisse ao alto da montanha e junto aos pés da Virgem da Penha agradecesse o fim da «Grande Guerra».
Elisabete Pinto.
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"Comissão de Subsistências"

doc.5-1-2Título: Livro de Actas da "Comissão de Subsistências"
Âmbito e Conteúdo: Livro de Comissão de Subsistências criada por Lei de 18 de setembro de 1915. Existe apenso ao livro, dois editais, um aviso ao público e duas tabela de preços das carnes.
Datas: 30 de setembro, 1915 - 4 de setembro, 1925 / Dimensão: 2 f. (300 x 210 mm)
Cota: 10-10-16-29
archeevo.amap.pt/details?id=351865